Umbanda - Sobre a codificação da Umbanda
Prezados Irmãos,
de forma alguma eu poderia me calar diante a natureza dos fatos, principalmente quando nos deparamos com um assunto bastante em voga como a CODIFICAÇÃO. Primeiramente, devo esclarecer que minha batalha e minha missão é de uma pluralidade universal de ritos, por mais que isso possa contrariar os dogmas e axiomas de muitos que se auto proclamam Umbandistas. Dentro de um contexto histórico vimos que a palavra Código sempre esteve associada à movimentos que tentaram unificar e/ou conjugar regras ordenadas e a criação de categorias. Bem, em se tratando de homens e suas naturezas políticas e sociais, o que seria da sociedade sem leis e sem códigos? Certamente um grande Pandemônio, visto que com a utilização e ?cumprimento? destas mesmas leis assim o são em seus momentos mais recentes. Em termos históricos, os códigos sempre foram meros acessórios das leis, algo que embasavam e reafirmavam aquilo que as predizia, porém sempre seguindo uma forma de criação e sustentação, a saber: compilação (busca pela unanimidade, UNO), consolidação (alteração das leis), e codificação propriamente ditas.
Voltando ao universo Umbandista dos tempos modernos, se aplicarmos os mesmos conceitos históricos, veremos que seria uma volta sem fim no tempo e na verdade um ?atraso? e não uma evolução, haja visto que os conceitos de Globalização cairiam por Terra. Uma das coisas mais fascinantes dentro do panorama da sagrada Umbanda , se encerra dentro das suas formas mais Universais de entendermos os conceitos e de adaptarmos seus Fundamentos. Fundamentar algo, nada mais é do que aceitar de maneira razoável instruções que nos são passadas de formas diferentes, mas cujos propósitos são os mesmos: melhoria da qualidade de vida, universalismo, pluralidade de idéias, caridade e fé.
Mestre Araphiaga, Mestre Aramaty, Matta & Silva, Rubens Saraceni, Mestre Azul, e muitos outros ... nada mais são do que instrumentos, cuja missão de divulgação se faz ímpar dentro do contexto Umbandístico (se assim me permitem criar a palavra), pois seus ensinamentos, questionamentos e divulgação continuem acima de tudo para a questão democrática, que eu particularmente tanto prego. Sim, suas formas de entendimentos são diferentes, seus ritos muito mais ainda, entretanto, as ?forças naturais? que assistem a todos esses de uma maneira ou de outra são as mesmas, apenas a forma de entendimento ou ritualística é diferente, mas a essência e fim são UNOS.
Falarmos em CÓDIGOS e CODIFICAÇÃO, implica em modificação dos ?sinais?, sinais estes que são nada mais nada menos do que as instruções que recebemos do astral superior e cuja interpretação se dá por nosso canal. Criar categorias? Criar modalidades? Criar regras Ordenadas? Dar uma de DEUS? Criar Tábuas da Lei para a Umbanda? Isso seria um retrocesso muito grande! A Umbanda é brasileira, feita por brasileiros essencialmente, e destinadas às nossas necessidades brasileiras, porém em nenhum momento perde per si sua Universalidade, o poder da pluralidade de discernimento, as diversas formas de interpretação, o livre arbítrio, as diversas formas em se praticar caridade, enfim ... a sua essência. A fundamentação, os sedimentos para essa tão enigmática religião (sim, religião pois através dela você se aproxima do Divino Criador), são os mesmos, códigos? Quem os precisa? Certamente não somos nós! Faço minhas palavras as palavras dos mentores espirituais que atuam na corrente astral de Umbanda. Sarava o mentor espiritual caboclo AKITANA que a mim me instrui muito para que possamos fazer uma Umbanda mais Democrática!
Meu Fraterno Saravá,
Mestre Azul
Discípulo dos Caboclos Ubiraci e Akitana!
Fiel à corrente astral de Umbanda.
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