sexta-feira, maio 26, 2006

Umbanda - Sobre a codificação da Umbanda

Prezados Irmãos,

de forma alguma eu poderia me calar diante a natureza dos fatos, principalmente quando nos deparamos com um assunto bastante em voga como a CODIFICAÇÃO. Primeiramente, devo esclarecer que minha batalha e minha missão é de uma pluralidade universal de ritos, por mais que isso possa contrariar os dogmas e axiomas de muitos que se auto proclamam Umbandistas. Dentro de um contexto histórico vimos que a palavra Código sempre esteve associada à movimentos que tentaram unificar e/ou conjugar regras ordenadas e a criação de categorias. Bem, em se tratando de homens e suas naturezas políticas e sociais, o que seria da sociedade sem leis e sem códigos? Certamente um grande Pandemônio, visto que com a utilização e ?cumprimento? destas mesmas leis assim o são em seus momentos mais recentes. Em termos históricos, os códigos sempre foram meros acessórios das leis, algo que embasavam e reafirmavam aquilo que as predizia, porém sempre seguindo uma forma de criação e sustentação, a saber: compilação (busca pela unanimidade, UNO), consolidação (alteração das leis), e codificação propriamente ditas.

Voltando ao universo Umbandista dos tempos modernos, se aplicarmos os mesmos conceitos históricos, veremos que seria uma volta sem fim no tempo e na verdade um ?atraso? e não uma evolução, haja visto que os conceitos de Globalização cairiam por Terra. Uma das coisas mais fascinantes dentro do panorama da sagrada Umbanda , se encerra dentro das suas formas mais Universais de entendermos os conceitos e de adaptarmos seus Fundamentos. Fundamentar algo, nada mais é do que aceitar de maneira razoável instruções que nos são passadas de formas diferentes, mas cujos propósitos são os mesmos: melhoria da qualidade de vida, universalismo, pluralidade de idéias, caridade e fé.

Mestre Araphiaga, Mestre Aramaty, Matta & Silva, Rubens Saraceni, Mestre Azul, e muitos outros ... nada mais são do que instrumentos, cuja missão de divulgação se faz ímpar dentro do contexto Umbandístico (se assim me permitem criar a palavra), pois seus ensinamentos, questionamentos e divulgação continuem acima de tudo para a questão democrática, que eu particularmente tanto prego. Sim, suas formas de entendimentos são diferentes, seus ritos muito mais ainda, entretanto, as ?forças naturais? que assistem a todos esses de uma maneira ou de outra são as mesmas, apenas a forma de entendimento ou ritualística é diferente, mas a essência e fim são UNOS.

Falarmos em CÓDIGOS e CODIFICAÇÃO, implica em modificação dos ?sinais?, sinais estes que são nada mais nada menos do que as instruções que recebemos do astral superior e cuja interpretação se dá por nosso canal. Criar categorias? Criar modalidades? Criar regras Ordenadas? Dar uma de DEUS? Criar Tábuas da Lei para a Umbanda? Isso seria um retrocesso muito grande! A Umbanda é brasileira, feita por brasileiros essencialmente, e destinadas às nossas necessidades brasileiras, porém em nenhum momento perde per si sua Universalidade, o poder da pluralidade de discernimento, as diversas formas de interpretação, o livre arbítrio, as diversas formas em se praticar caridade, enfim ... a sua essência. A fundamentação, os sedimentos para essa tão enigmática religião (sim, religião pois através dela você se aproxima do Divino Criador), são os mesmos, códigos? Quem os precisa? Certamente não somos nós! Faço minhas palavras as palavras dos mentores espirituais que atuam na corrente astral de Umbanda. Sarava o mentor espiritual caboclo AKITANA que a mim me instrui muito para que possamos fazer uma Umbanda mais Democrática!

Meu Fraterno Saravá,

Mestre Azul

Discípulo dos Caboclos Ubiraci e Akitana!

Fiel à corrente astral de Umbanda.

terça-feira, maio 23, 2006

Umbanda - Mediunidade levada a sério

"Magia da Vida" - Programa do dia 23/05/2006

Neste programa Rubens Saraceni fala com muita propriedade sobre a mediunidade. Levanta questões bastante pertinentes sobre a Espiritualidade em Geral e fala sobre a mediunidade na Umbanda com muito critério e discernimento. Vale a pena escutar!


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Umbanda - Estruturas dos trabalhos de Umbanda

"Falando de Umbanda" - Programa do dia 23/05/2006

Neste programa Jorge Scritori e Alê cumino falam das Estruturas de Trabalho na Umbanda, como o uso de guias, atabaques, pontos cantados, ...


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agradecimento a Alexandre Cumino pela autorização da publicação do conteúdo

Umbanda - Oxossi

"Falando de Umbanda" - Programa do dia 19/05/2006

Neste programa Jorge Scritori e Alê cumino fala sobre Oxossi na Umbanda.


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Umbanda - Pretos- Velhos, Omulú e Obaluaê

"Falando de Umbanda" - Programa do dia 12/05/2006

Neste programa Jorge Scritori e Alê cumino dissertam sobre os Pretos Velhos e sobre o Orixa Omulú e Obaluaê na Umbanda.


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terça-feira, maio 16, 2006

Umbanda - Magia da Vida por Rubens Saraceni

Nesta programa "A Magia da Vida" Rubens Saraceni fala sobre a mediunidade e sobre a Umbanda em geral


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Umbanda - Preto Velho ou Médico?

PRETO VELHO OU MÉDICO?


Contou-nos uma confreira, das mais atuantes em nossa casa de caridade espiritual e material:

"Que em um certo Centro Espírita situado na cidade de São Paulo, Capital, havia uma noite de reuniões caritativas, que era dedicada a caridade física dos encarnados, isto é, somente para consultas com Entidades Médicas".

"Nas cabinas próprias para consultas médicas a secretária fazia a arrumação final dando os últimos retoques para que tudo estivesse de acordo ao se iniciar os trabalhos; isto incluindo os médiuns cada qual em seu lugar, quando de repente um dos médiuns deu sinal e manifestou-se uma Entidade".

- "A secretária correu para atender a Entidade recém chegada, e qual não foi sua surpresa ao deparar com uma Entidade de Pretos-Velhos".

"Usando sua amabilidade costumeira explicou à Entidade que ela não poderia dar consultas naquela noite, pois aquele dia da semana, era reservado às Entidades Médicas e não à Pretos-Velhos".

- "A Entidade, também, com aquela humildade que lhe era peculiar confirmou com a secretária:"

"Hoje eu não posso dar consulta só as Entidades Médicas?".

"Ao que confirmou a secretária pedindo desculpas e pedindo à Entidade que ?subisse?".

- "A entidade se despediu, agradeceu e ?subiu?".

- "Passados alguns minutos, se manifestou e se apresentou uma nova Entidade Médica, no mesmo médium, que passou a atender os pacientes nas mais variadas modalidades da medicina".

- "Terminado os trabalhos médicos, todos muito satisfeitos com os trabalhos da nova entidade médica, foram agradecê-la antes da ?subida? e pedir o seu retorno".

- "Quando a secretária dos trabalhos, foi se despedir da Entidade, esta dirigiu-se a ela dizendo:"

"Este é um dia reservado para trabalhos só das Entidades Médicas, não podendo Entidades como Pretos-Velhos se manifestarem, não é assim?"

- "Ao que a secretária confirmou e aproveitou o ensejo para pedir à Entidade Médica, se conhecesse a Entidade que se manifestara antes, Pretos-Velhos, pedir as mais sinceras desculpas de coração, pois aquele dia era só de consultas médicas e não pretos-velhos; ao que a entidade aduziu:"

"Pode ficar tranqüila que aquela Entidade que esteve aqui no começo está sabendo e não esta aborrecida com a irmã, pois aquela entidade que esteve aqui no início e não pode trabalhar como tal, era eu mesmo".

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CONCLUSÃO ELUCIDATIVA


Esperamos com sinceridade, que os nossos leitores, leigos ou com um certo conhecimento dos trabalhos Espíritas, possam colher desse exemplo de humildade e de elevação, um pouco mais de conhecimento sobre a vida espiritual e sua moral, pois jamais somos ofendidos ou magoados pelos outros, quaisquer que sejam as suas palavras; nós mesmos nos ofendemos com as palavras, quando temos a mente poluída com baixas vibrações e não estamos com nosso equilíbrio mental em sintonia com os bons espíritos, ao que vale dizer, se não pensarmos em coisas boas, qualquer tipo de palavra, consideramos ofensa e nos sentimos bastante ofendido; o que não acontece quando possuímos pensamentos puros e estamos em perfeita armonia com os Benfeitores Espirituais, as mais fortes ofensas não serão registradas em nossa consciência acontecendo, como diz o dito popular:

"Entrou por um ouvido e saiu pelo outro".

Sem ficar registrado em nosso cérebro e se alojar em nosso coração exaltando o nosso orgulho e egoísmo.

Conta-nos uma estória do povo:

"Um senhor tinha um filho estudando em uma faculdade fora de sua cidade natal".

"Um dia, o filho, telefonou para casa para pedir dinheiro para sua manutenção, quem atendeu o telefone foi o Pai que estava bem irritado com alguma coisa".

"A Mãe ao lado ouviu os berros do marido para com o filho".

"Dizia o Pai:"

"Esse menino só sabe pedir mais dinheiro, dizendo que o que lhe mandei já acabou como gasta?"

"A Mãe pegou o telefone, mais calma e caridosa, e falou com o rapaz".

"Ao terminar a conversa falou ao marido com doçura:"

"Ele só havia dito que o que recebera foi pouco e que após pagar as dívidas já não tinha mais e se era possível mandar um pouco mais".

domingo, maio 14, 2006

Umbanda - Saravá os Pretos Velhos

Aproveitando as comemorações aos Mestres Pretos Velhos, eis uma reportagem especial da Revista Espiritual de Umbanda, nossos queridos e amados pretos-velhos são reverenciados. Faz-se uma revisão histórica de sua importância e suas primeiras manifestações em solo brasileiro bem como suas raízes históricas. Clique nas Imagens para que elas se expandam e bom proveito.




Umbanda - Pretos Velhos na Umbanda

"Preto-velho" na Cultura Brasileira e na Umbanda
por Alexandre Cumino

Pai Antônio foi o primeiro preto-velho a se manifestar na Religião de Umbanda em seu médium Zélio Fernandino de Morais onde se esta­be­leceu a Tenda Nossa Senhora da Piedade. Assim, ele abriu esta "linha" para nossa religião, introduzindo o uso do cachimbo, guias e o culto aos Orixás.

O "Preto-velho" está ligado à cultura religiosa Afro Brasileira em geral e à Umbanda de forma específica, pois dentro da Religião Umbandista este termo identifica um dos elementos for­madores de sua liturgia, representa uma "linha de trabalho", uma "falange de espíritos", todo um grupo de mentores espirituais que se apresentam como negros anciões, ex-escravos, conhecedores dos Orixás Africanos.

São trabalhadores da espiritualidade, com características próprias e coletivas, que valorizam o grupo em detrimento do ego pessoal, ou seja, são simplesmente pretos e pretas velhas com Pai João e Vó Maria, por exemplo.

Milhares de Pais João e de Avós Maria, o que mostra um trabalho desper­sonalizado do elemento individual valorizando o elemento coletivo identificado pelo termo genérico "preto-velho". Muitos até dizem "nem tão preto e nem tão velho" ainda assim "preto velho fulano de tal". A falta de informação é a mãe do preconceito, e, no caso do "preto-velho", muitos que são leigos da cultura religiosa Umbandista ou de origem africana desconhecem valor do "preto-velho" dentro das mesmas.

Preto é Cor e Negro é Raça, logo o ter­mo "preto-velho" torna-se característico e com sentido apenas dentro de um contexto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irrestrito seria "Negro Velho", "Negro Ancião" ou ainda "Negro de idade avançada" para identificar o homem da raça negra que encontra-se já na "terceira idade" (a melhor idade). Por conta disso alguns sentem-se desconfortáveis em utilizar um termo que à primeira vista pode parecer desrespeitoso ao citar um amável senhor negro, já com suas madeixas brancas, cachimbo e sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofrido, que na humildade da subjugação forçada e escrava encontrou a liberdade do espírito sobre a alma, através da sabedoria vinda da Mãe África, na figura de nossos Orixás, vindo ao encontro da imagem e resignação de nosso senhor Jesus Cristo.

Alguns preferem chamá-los apenas de "Pais Velhos" o que é bonito ao ressaltar a paternidade, mas ao mesmo tempo oculta a raça que no caso é motivo de orgulho. São eles que souberam passar por uma vida de escravidão com honra e nobreza de caráter, mais um motivo de orgulho em se auto-afirmar "nêgo véio" e ex-escravo; talvez assim se mantenham para que nunca nos esqueçamos que em qualquer situação temos ainda oportunidade de evoluir. Quanto mais adversa maior a oportunidade de dar o testemunho de nossa fé.

O "preto-velho" é um ícone da Umbanda, resumindo em si boa parte da filosofia umbandista. Assim, os espíritos desencarnados de ex-escravos se identificam e muitos outros que não foram escravos, nesta condição, assim se apresentam também em homenagem a eles, por tê-los como Mestres no astral.

No imaginário popular, por falta de informação ou por má fé de alguns formadores de opinião, a imagem do "preto-velho" pode estar associada por alguns a uma visão preconceituosa, há ainda os que se assustam " com estas coisas" pois não sabem que a Umbanda é uma religião e como tal tem a única proposta de nos religar a Deus, manifestando o espírito para a caridade e desenvolvendo o sentimento de amor ao próximo. Não existe uma Umbanda "boa" e uma Umbanda "ruim", existe sim única e exclusivamente uma única Umbanda que faz o bem, caso contrário não é Umbanda e assim é com os "Preto-velhos", todos fazem o bem sem olhar a quem, caso con­trário não é de fato um "preto-velho", pode ser alguém disfarçado de "velho-negro", o "preto velho" trabalha única e exclusivamente para a caridade espiritual.

São espíritos que se apresentam des­ta forma e que sabem que em essência não temos raça nem cor, a cada encarnação, temos uma experiência diferente. Os pretos velhos trazem consigo o "mistério ancião", pois não basta ter a forma de um velho, antes, precisam ser espíritos amadurecidos e reconhecidos como irmãos mais velhos na senda evolutiva.

Quanto menos valor se dá a forma, mais valor se dá à mensagem, e "preto-velho" fala devagar, bem baixinho; quando assim se pronuncia, todos se aquietam para ouví-lo, parece-nos ouvir na língua Yorubá a palavra "Atotô", saudação a Obaluayê que quer dizer exatamente isso: "silêncio".

Nas culturas antigas o "velho" era sempre respeitado e ouvido como fonte viva do conhecimento ancestral. Hoje ainda vemos este costume nas culturas indígenas e ciganas. Algumas tradições religiosas man­têm esta postura frente o sacerdote mais velho, trata-se de uma herança cultural religiosa tão antiga quanto nossa memória ou nossa história pode ir buscar, tão antigos também são alguns dos pretos velhos que se manifestam na Umbanda.

Muitos já estão fora do ciclo reencarnacionista, estão libertos do karma, já desvendaram o manto da ilusão da carne que nos cobre com paixões e apegos que inexoravelmente ficarão para trás no caminho evolutivo.

Por tudo isso e muito mais, no dia 13 de Maio, dia da libertação dos es­cravos eu os saúdo: "Salve os Pretos Velhos! Salve as Pretas Velhas! Adorei as Almas! Salve nosso Amado Pai Obaluayê, Atotô meu Pai! Salve nossa Amada Mãe Nanã Buroquê, Saluba Nana!"

Usamos para eles velas brancas ou bicolores, metade preta e metade branca, tomam café e fumam cachimbo.

Fonte: Jornal de Umbanda Sagrada, impresso, do mês de maio de 2006.

quarta-feira, maio 10, 2006

Umbanda de Pretos Velhos

Uma pequena oração aos amigos pretos velhos.

Amigos e companheiros de todas as horas. Espíritos amigos que tanto nos ensinam, eis que hoje após uma linda estória a qual me foi revelada, oro pela sua pureza e bondade. Aos meus amigos pretos velhos, uma pequena oração que aqui me veio, diretamente do meu coração. Pelos préstimos, pela amizade e pela direção em minha singela vida. Aos Pretos Velhos amigos:

"Pretos Velhos amigos, zelem sempre por nós! com suas mandingas poderosas, humildade e muita sabedoria, zelem por nós! doutos do saber e da caridade, pais e avôs daqueles que um dia lhes maltrataram, zelem por nós! na sua infinita bondade, oferecemos de coração nosso eterno Amor! Saravá os Pretos Velhos, salvem os nossos amigos espirituais!"


A todos aqueles que da Umbanda tiram a seiva da vida e a razão de nossa existência, vos dedico esta pequena oração que me foi ensinada por um espírito amigo que assina pelo nome de Preto Velho Serafim do Congo. Saravá o Congo! Saravá os Pretos Velhos! Saravá Preto Serafim!


do amigo eterno MESTRE AZUL

domingo, maio 07, 2006

Umbanda na Televisão

Uma das vitórias da Umbanda foi declarada publicamente nesta tarde de domingo, dia 05/05/2006 às 15:30 pela Rede TV, onde foi exibido como matéria do programa OLHAR DIGITAL, a difusão da fé Umbandista através do podcast Saravá Umbanda de nosso irmão Manoel Lopes, apresentando a inclusão digital da Umbanda como meio de divulgação.

Uma vitória sem dúvida de todos Umbandistas e uma porposta um tanto salutar de nosso irmão Manoel Lopes. A todos que se prontificam a trazer uma Umbanda mais democrática e pacífica, meu fraterno Saravá.


Mestre Azul

ASSISTA ABAIXO AO VÍDEO QUE FOI AO AR:
Podcast Saravá Umbanda no programa Olhar Digital da Rede Tv