quarta-feira, dezembro 21, 2005

Mediunidade na Umbanda

Mediunidade é um tema frequentemente abordado nas práticas espíritas, entretanto devido as suas várias vertentes, torna-se sempre um tópico polêmico e que gera discussões infindáveis sobre a sua existência, manutenção, prática e desenvolvimento. Em Umbanda a mediunidade é vista sob um aspecto mais direto devido as incorporações que se apresentam nos Centros e Terreiros, onde o médium e consulente interagem de forma direta. Pensando neste assunto e discutindo com nosso grupo, algumas informações foram geradas, mas principalmente ainda pairam muitas dúvidas. Abaixo disponibilizo dois textos retirados da apostila "Mediunidade Sem Preconceitos" de Edvaldo Kulcheski, que elucidam alguns tópicos relativos à Umbanda e a doutrina kardecista.


Médiuns de Umbanda e Médiuns Kardecistas


segunda-feira, dezembro 19, 2005

Hino aos Orixás da Umbanda

Chega-se ao final de mais um ciclo, o ano de 2005. Como soma de nossos esforços, a Umbanda encontra-se com certeza em um processo de amadurecimento e aprimoramento. Cada dia vemos mais pessoas sendo arrebatadas pela fé num sentimento mágico de amor, fraternidade e caridade, os sentimentos próprios que pregam a nossa querida Umbanda.
Completando esse ciclo e restaurando as energias para mais um ano vindouro, brindamos a todos os nossos ORIXÁS, pela sua forçaa suprema, sabedoria e magia. Um presente para todos os admiradores, frequentadores e irmãos da Umbanda, o nosso hino aos Orixás!

SARAVÁ� A UMBANDA!

Ouça o Hino





download Hino dos Orixás de Umbanda
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sábado, dezembro 17, 2005

Sobre a utilização e confecção de "guias" de proteção na Umbanda

Também conhecidas como fio de contas no candomblá, na Umbanda são simplesmente conhecidas como "guias". São colares ritualísticos confeccionados sob instrução exclusiva das entidades cujas carcaterí­sticas variam de falange a falange, orixá a orixá. A utilização de colares ritualísticos, remonta aos tempos mais antigos, visto que as civilizações astecas, incas,maias,í­ndios, africanos, etc... já as os ultilavam, não apenas como adorno mas sim como proteção.
A umbanda segue os preceitos da magia e da imantação de vibrações e energias! Cada guia é um objeto pessoal, intransferível, e cuja preparaçãoo deve ser feita sob as instruções mais rigorosas das próprias entidades, sejam elas na sua imantaçãoo, sejam elas no número de contas, sejam elas na utliziação de cores. São pontos de apoio de chamadas de vibrações para cada médium, são pontos de atração das entidades e servem muitas das vezes como escudo e sintonização das vibrações. Ajudam nas vibrações dos chacras e em suas aberturas, atiçam a frequência vibracional de cada entidade ou falange.
Uma das muitas dúvidas que existem pelos iniciados é com relação a sua confecção, que pode ser de várias maneiras, dependendo da casa em que cda médium está inserido, pela instrução das entidades ou até mesmo pela maneira de trabalho que destina sua finalidade. Existem guias feitas de fios de nylon, fios de algodão, contas de louçaas, contas de fibras naturais, sementes, etc...
Existem também guias de aço, que geralmente sã utilizadas com a finalidade única de "proteção", até mesmo pelo seu material ser de natureza isolante, so muito ultilizadas em trabalhos de cambonagem, onde o cambono recebe influência diversas de vibrações próximos aos médiuns que trabalham juntos às suas entidades. ɉ importante ressaltar no entanto, que cada "casa" ou "terreiro" tem a sua própriaia maneira de trabalhar e que não existem regras específicas, ou diria receitas ... cada caso é um caso.
A seguir algumas dúvidas e explanações com relação a este tema bastante interessante e que é de suma importância para a perfeita magia dos trabalhos.

Ouça a seguir algumas colocações sobre o assunto





download "Utilização de fechamentos em guias"
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download "Utilização de guias de aço"
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download "Sonhos e a confecção de guias"
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sexta-feira, dezembro 16, 2005

A utilização do Jogo de Búzios na Umbanda



Escutem algumas palavras, baixando o mp3 abaixo, sobre a utilização de búzios na Umbanda pelo nosso irmão e babalorixá JORGE:

"Utilização de búzios na Umbanda"
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Explicação sobre a Utilização de Búzios na Umbanda
fonte Jornal Umbanda Hoje ed. n° 21


BÚZIOS NA UMBANDA ?

Atendendo a um grande número de leitores que freqüentemente nos solicitam esclarecimentos sobre assuntos pertinentes a nossa Iluminada Religião, nosso enfoque versará sobre um tema que tem gerado grande incoerência, quando não confusão, frente às práticas umbandistas.
Por razões que não nos cabe agora enumerar, e que deixamos ao nobre leitor a tarefa de identifica-las, alguns indivíduos andam a difundir o Jogo de Búzios como sendo processo divinatório/adivinhatório pertencente a Umbanda.
Pois saibam, irmãos umbandistas que tal prática mítica e mística tem como berço o segmento religioso comumente conhecido como Candomblé.
Neste Culto Afro-Brasileiro, surgido a partir da interação religio-cultural entre as várias etnias do continente africano (Kêto, Gêge, Ijexá, Malês, Angola, Congo etc.), com predominância das nações de base lingüística Ioruba, quando o interessado deseja saber algo ou receber orientações, ordens, autorizações ou restrições em sua vida espírito-material, e bem assim aconselhar terceiro, é através dos Búzios (conjunto de pequenas conchas) que alcançará seu intento, vale dizer, o contato com as Divindades Africanas.
E este contato é necessariamente intermediado a nível extrafísico pelo orixá-mensageiro Exu, e a nível material pelo Babalorixá ou Yalorixá (sacerdotes-chefes dos Templos Candomblecistas), ou ainda pelo Babalawô (Iniciado nos segredo do oráculo).
Na Umbanda tal intermediação entre as Potências Cósmicas Inteligentes, nominadas também de Orixás, e o plano material, é implementada pelos vários espíritos que compõem a Corrente Astral de Umbanda, obedecendo ao Princípio da Hierarquia Espiritual, onde as ordens, solicitações, aconselhamentos, diretrizes etc., são enviadas pelos espíritos captaneadores de Linha ou Irradiação, passando pelos espíritos intermediários dos diversos níveis existentes, até chegarem aos Guias e Protetores (espíritos superiores incorporantes), que além de transmitirem suas próprias orientações, repassam aos consulentes mensagens dos espíritos hierarquicamente superiores.
Vê-se com isto que os métodos de contato com a Espiritualidade aplicadas pela Umbanda e pelo Candomblé são distintos, diferentes, cada qual tendo o seu valor e sua razão de ser dentro de tais religiões.
Aproveitando a oportunidade, elucidaremos sob nosso ponto-de-vista, determinado fato que vem acontecendo em alguns Templos Umbandistas, causando dúvidas e questionamentos.
Temos visto médiuns incorporados com Pretos (as)-Velhos (as) que quando são solicitados a expressar juízo de valor em questões levadas pelos assistentes, antes de darem tal ou qual resposta, abrem o jogo de búzios.
Diante de tal quadro, incoerente e completamente dissociado da ritualística umbandista, uma vez que as Entidades que laboram nos terreiros, por serem espíritos não necessitariam de oráculos para terem acesso a informações na espiritualidade, surgem indagações que merecem toda a atenção por parte daqueles que têm a visão voltada mais para a essência do que para a forma. Ante o exposto, inquirimos:
1. Será que o médium ao "abrir o jogo de búzios" está sob a intervenção de um(a) Preto(a)-Velho(a) ? ou apenas iniciativa sua (do médium), achando que sua atitude impressionará terceiros e o valorizará como sacerdotes ?
2. Em sendo um ato da entidade espiritual, fruto de vivências e encarnações passadas, será que a mesma (entidades) não esta ciente em se adequar e seguir as bases da religião, sob pena de não o fazendo, criar embaraços para o médium e para a própria religião ?
3. Se for um comportamento de um sacerdote sério, outrora candomblecista, e que por isto tenha sido iniciado no segredo do jogo, não seria sensato da parte dele, agora como umbandista, não adotar tal oráculo no Templo de Umbanda ?
4. Ou será um espírito mistificador, tentando através de tal comportamento alimentar confusão entre os membros da religião ?
Nós umbandistas de fato e de direito, não obstante sabermos que nossa religião não esta sujeitas a um conjunto de regras inflexíveis, destas que ao invés de libertarem consciências, tão somente as tornam obtusas e acorrentadas, temos necessariamente que trazer a público determinados comportamentos que fogem sobremaneira ao bom senso e a lógica presente em nosso segmento religioso.
Nossa postura deverá de sempre lutarmos pelo esclarecimento, difusão e enaltecimento da Sagrada Umbanda, árvore frutífera alimentadora do corpo e do espírito.
Salve o Conjunto das Leis de Deus (Umbanda) !!!

terça-feira, dezembro 06, 2005

O Ponto de Pólvora Na Umbanda

Um ponto bastante interessante e que foi discutido por nós em nossas discussões, concerne ao chamado "Ponto de Pólvora", sabedoria e prática Umbandista não tão frequentemente praticada nos dias de hoje devido a alguns aspectos. Pela democracia do conhecimento, escutem um pouco sobre esta sabedoria pelo irmão Jordan.

domingo, dezembro 04, 2005

Dúvidas sobre Omolú na Umbanda

Conversávamos no dia 02 de dezembro na nossa sala @@Umbanda@@ no PalTalk e eis que surgiu a seguinte pergunta:

"Uma umbandista me disse que meu Orixá de cabeça é OMULU? O que isto significa? Eu sei que ele trabalha o lado direito e esquerdo...tem como eu trabalhar só o direito?"



OMOLÚ =
Omo (filho) - Oluwô (senhor) que quer dizer "filho e senhor", filho de Nanã e abandonado por ela por ser doente, foi criado por Iemanjá,também chamado de OBALUAIÊ senhor, Obá (rei) - Oluwô (senhor) - Ayiê (terra), "rei, senhor da terra". No Candomblé, Omulu representa a terra, tanto o solo como as camadas mais profundas. É o médico dos pobres, O orixá das endemias, a entidade da varíola, da peste e das chagas. Mora nos cemitérios e controla as almas.
No sincretismo religioso, ao ser chamado de Obaluaiê, é considerado São Roque e são Lázaro. Com o nome de Omulu, é sincretisado como São Sebastião e Santo Isidoro.
Protetor dos animais, seu animal abençoado é o cachorro. Tem como seu escravo o poderoso Exu Caveira, considerado o príncipe dos cemitérios. Possui o dom da cura e é o guardião da passagem (entre o reino das almas).


    Baixe aqui a explicação de nosso irmão Jordan com relação a questão sobre OMULU na nossa querida UMBANDA:


quinta-feira, dezembro 01, 2005

Palavras de um Preto Velho

Havia me iniciado fazia pouco tempo na Umbanda, levado à força pelos guias amigos, e sentido o conforto da casa que ali me acolhia assim como acolhe um filho que a ela retorna. Lembro-me como se fosse hoje, na corrente vibratória de forças e imantação de energias, eu, com todas as indicações e manifestações ainda me punha a questionar o porque de minha presença por ali. Eis que se apresenta um Preto Velho, sentado em um humilde banco velho, a pitar um cachimbo também de natureza rudimentar, e me revela a seguinte visão:
"- Filho, abra o seu coração e veja ..., então surgiria a imagem de uma concha numa profundeza de águas, que aos poucos me parecia chegar cada vez mais perto, e prosseguiu ...
- Observe esta concha, ela é como você, dura por fora e vive nas profundezas, há que se ter o conhecimento para se alcançar o oculto. Neste instante, uma luz de tamanha intensidade se faz sobre tal concha e subitamente o Preto me mostra seu interior, uma pérola com um brilho supremo. E seguiu ...
-Assim é o filho, duro por fora e sem brilho, mas seu interior é rico e bonito como a pérola, cheio de luz, há apenas que se lapidar.

E assim se esvaiu o Preto Velho, sorrindo timidamente e afastando-se. Fico tão impressionado até os dias de hoje que me arrepio só de pensar na profundidade e simplicidade de poucas palavras e parcas imagens. A Umbanda é assim, simples, profunda e de entendimento. Posteriormente meu mentor espiritual assinaria como PRETO SERAFIM DO CONGO, cujo ponto riscado apresentava-se por uma cruz, encerrada num círculo circundadas por ramos de arruda.

Saravá o Preto Serafim do Congo e seus falangeados
Saravá São Cipriano